quinta-feira, 20 de junho de 2019

Casos de morte por dengue aumentam na Bahia

Por: Poliana Antunes - Casos prováveis de dengue sobem 501,3%
O Aedes Aegypti causador da dengue, é muito parecido com o pernilongo, mas possui características especificas que o difere de qualquer outro mosquito. Além das suas listras brancas e pretas, o mosquito é muito silencioso. Contudo, também traz grandes perigosos para população, causando muitos transtornos para as cidades e as secretarias de saúde dos municípios.
Na última segunda-feira (17), foi confirmado a causa da morte de uma adolescente de 16 anos que morreu por dengue, no Norte da Bahia. A garota era da cidade de Presidente Dutra e estava internada em Irecê. Ela faleceu um dia após dar entrada no Hospital Regional Dr Mario Dourado Sobrinho.Thalia Ferreira Silva reclamava de dores abdominais quando foi internada no dia 10 de junho. Amostras do sangue da adolescente foram enviadas para o Laboratório Central (Lacen), em Salvador, onde foram analisadas.
De acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab),de dezembro até junho deste ano, foram notificados 33.487 casos prováveis de dengue no estado. Foram 14 óbitos por dengue (07 em Feira de Santana, 01 em Candeias, 01 em Rafael Jambeiro, 02 em Salvador, 01 em Saubara, 01 em Jacobina, 01 em Paripiranga), confirmados por critério laboratorial. Outros 11 óbitos estão sob investigação.
No mesmo período de 2018, foram notificados 5.973 casos prováveis, o que representa um aumento de 460,6%. No total, 327 municípios realizaram notificação para esse agravo. 

Bahia

Mais de 100 cidades baianas, incluindo Salvador, estão com alto risco de surto de dengue, segundo o Ministério da Saúde. Foram notificados mais de seis mil casos no Estado, apenas nos três primeiros meses de 2019, após o primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). 
A gerente médica e infectologista do Hospital São Rafael, Ana Verena Mendes, explica que “a doença é causada pelo mosquito Aedes aegypti, um inseto minúsculo que se tornou um dos grandes inimigos dos baianos, principalmente durante o Outono no Nordeste, período marcado por fortes e intermitentes períodos de chuva, como agora”.
A picada desse mosquito é a única maneira de transmissão não só da dengue, mas também da zika e chikungunya, o que desmente a possibilidade do contágio direto entre pessoas. “A partir do momento em que há contaminação, ocorre o período de incubação do vírus no corpo, que oscila entre três e 12 dias. Após esse tempo, os sintomas começam a surgir. Dentre eles, destacam-se manchas vermelhas no corpo, febre, dor de cabeça e atrás dos olhos, fadiga, náuseas e vômitos”, detalha a infectologista.
A água parada é o ambiente mais propício para a reprodução do Aedesaegypti. Por isso, é preciso eliminar ou vedar locais que possam servir de reservatórios para as larvas, como garrafas, galões, toneis, vasos de plantas, calhas entupidas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, dentre outros. A dica de Ana Verena Mendes é intensificar as medidas preventivas, que também envolvem o uso de repelentes, instalação de telas em janelas e até mesmo fazendo o uso de mosquiteiro em camas e berços.

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